O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reuniram na quarta-feira (20), no Lotte New York Palace Hotel, em Manhattan, para debater caminhos de chegar à paz no leste europeu. A reunião durou cerca de 70 minutos e foi marcada pelo clima amistoso e pela sensação de “quebra de gelo” entre os dois países.

Após o encontro, em entrevista dada à imprensa, Lula disse que as conversas entre países devem visar uma paz duradoura “para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial, como fez a Rússia”. A Rússia invadiu o território ucraniano em fevereiro de 2022 e até hoje mantém tropas no país vizinho.

“Foi a reunião que precisava acontecer. Eu ouvi a história do Zelensky, disse para ele sobre a necessidade de trabalhar para construir a paz, de encontrar um grupo de países amigos que pudesse construir uma proposta que não fosse nem de um nem de outro país que está em guerra, e que a negociação em uma mesa de diálogo é muito mais barata do que uma guerra. Não tem vítima, não tem morte e não tem tiro”, afirmou Lula.

Por sua vez, Zelensky classificou o encontro como “importante”. "Depois de nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipes diplomáticas a trabalharem sobre os próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz", disse Zelensky, que confirmou que “o representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz".

Esse foi o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado após diversas polêmicas e opiniões divergentes sobre a guerra entre a Rússia e Ucrânia, que se arrasta há um ano e sete meses.