Macron se posiciona contra envio de tropa francesas à Ucrânia: 'Não queremos 3ª guerra'
Presidente da França decidiu ajudar a Ucrânia, mas sem entrar em uma escala

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (13), que sanções massivas seriam aplicadas contra a Rússia com o objetivo de conseguir um cessar-fogo nos próximos dias. As declarações foram feitas em entrevista para o canal de TV francês TF1.
“Nossa vontade é aplicar sanções”, se a Rússia “confirmar o não respeito” de um cessar-fogo na Ucrânia, garantiu Macron, se referindo principalmente a “sanções secundárias” sobre serviços financeiros ou combustíveis.
O chefe de Estado apontou ainda que não há um "quadro legal" para usar os ativos russos congelados e que esta "não é uma boa solução".
“Reunimos a coalizão de países voluntários europeus. Os Estados Unidos já nos seguiu”, disse. “A Rússia recusa um cessar-fogo incondicional”, lembrou. “Neste momento a presidente da União Europeia está discutindo com o presidente dos Estados Unidos e o Senado (americano)” e “nos coordenamos” sobre as sanções”, afirmou.
“Queremos ir contra a Rússia, mas mantendo os Estados Unidos do nosso lado”, disse.
Macron também se posicionou contra o envio de tropas francesas à Ucrânia. “Desde o primeiro dia sabemos que a Rússia não vai parar na Ucrânia. Desde o primeiro dia decidimos as sanções e guardamos a nossa unidade e ajudamos a Ucrânia”, com “financiamentos consideráveis e decidimos não usar nossas tropas”, reiterou o presidente francês.
“Decidimos ajudar a Ucrânia, mas nunca entrar em uma escalada (…) É por isso que os países aliados da Ucrânia decidiram não enviar tropas” para o terreno, continuou o presidente. “Não queremos desencadear uma Terceira Guerra Mundial”, insistiu.
“Eu tenho um imenso respeito e admiração pelos soldados e o povo ucraniano e seus dirigentes”, disse, “mas não podemos dar mais do que tempos. Demos tudo o que podíamos”, afirmou.