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Mais de 100 cidades brasileiras estão sem homicídios há pelo menos 10 anos

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Mais de 100 cidades brasileiras estão sem homicídios há pelo menos 10 anos

Em 58 municípios não há assassinato registrado pelo Ministério da Saúde desde 2001

Por Da Redação
Mais de 100 cidades brasileiras estão sem homicídios há pelo menos 10 anos
Foto: Haeckel Dias/Polícia Civil

A endemia da violência no Brasil é um problema muito conhecido, mas pouco solucionado. De acordo com o último Atlas da Violência, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registrou mais de 50 mil homicídios por ano. A comprovação são as várias notícias policiais presentes nos jornais, diariamente. 

Mas a impressão de que a violência acontece em todo o país, sem exceção é contrastada com um dado surpreendente: 162 cidades que não registraram assassinato nos últimos 10 anos. Esses municípios são pequenos, espalhados por 11 estados do país, com uma população muito pequena - o maior tem pouco menos de 10 mil habitantes. 

Essas cidades, juntas, somam ao todo 480 mil pessoas. Esse número é ínfimo se levar em consideração que o país tem 212,6 milhões de habitantes, de acordo com o último Censo, porém permite que as mentes otimistas imaginem que a violência mais brutal não é, necessariamente, um fato absolutamente impossível de ser evitado – ou, ao menos, amenizado.

Há ainda um grupo mais seleto do que esses citados. São os municípios que estão há 20 anos sem registrar nenhum homicídio. 58 cidades, em oito estados, estão sem mortes violentas desde 2001. Nesse caso, o maior deles tem população de 5,6 mil pessoas. Ao todo, são 154 mil homens e mulheres vivendo nesses locais.

O resultado desses dados são fruto de uma análise feita pelo portal Metrópoles, que se baseou no Datasus. e considerou todos os homicídios que ocorreram desde 2001, por cidade brasileira. Esse levantamento utilizou a mesma metodologia do Atlas da Violência, que utiliza os registros de saúde, e não os policiais, que são mais subnotificados. É importante ressaltar também que os índices de 2020 ainda são considerados preliminares pelo Ministério da Saúde.

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