Mais de 500 crianças morreram desde o início da guerra na Ucrânia, afirma ONU
Conflito dura há mais de um ano
Os peritos de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um alerta nesta quinta-feira (1º), sobre a morte de uma adolescente e dois adultos em Kyiv, capital da Ucrânia. Segundo informações, eles teriam sido vítimas de um suposto atentado com mísseis russos.
Para a chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, os ucranianos, incluindo os mais jovens, estão pagando o preço da violência.
A equipe de monitoramento relatou que, somente no mês de maio, seis crianças foram mortas e outras 34 ficaram feridas. Desde o início do conflito, há mais de 14 meses, o número de vítimas infantis ultrapassou 1,5 mil. A Missão de Monitoramento da ONU revelou que pelo menos 525 crianças perderam a vida e mil ficaram feridas em cidades de toda a Ucrânia, tanto em áreas controladas pelo governo quanto nas regiões ocupadas pela Rússia, desde 24 de fevereiro de 2022.
De acordo com as Nações Unidas, 87% das baixas foram causadas por armas explosivas de área ampla, incluindo artilharia, mísseis, ataques aéreos e munições ociosas. A missão de monitoramento ressaltou que o conflito já resultou em quase 9 mil civis mortos e mais de 15 mil feridos, alertando que esses números podem ser consideravelmente maiores, uma vez que os especialistas da ONU não tiveram acesso a algumas áreas afetadas pelos conflitos.
A chefe da ONU na Ucrânia, Denise Brown, expressou choque e tristeza com a morte de uma criança e outros civis durante o ataque de mísseis na capital. Em mensagem pelo Dia das Crianças Ucranianas, ela manifestou solidariedade às famílias das mais de 1,5 mil crianças mortas e feridas no país desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Brown destacou também a preocupação da organização com relatos de menores ucranianos sendo transferidos à força para a Rússia. Ela ressaltou o impacto devastador da guerra na saúde mental e no bem-estar das crianças, incluindo milhões que tiveram que fugir para salvar suas vidas. A chefe da ONU na Ucrânia afirmou que a comunidade humanitária continuará agindo incansavelmente para garantir que essas crianças recebam o apoio necessário pelo tempo que for preciso.
