Mais de 70% de municípios brasileiros registram casos de “sommelier de vacina”
Aqueles que tentam escolher a dose são informados nos postos de saúde que não é possível selecionar um fabricante e é aplicado o imunizante disponível no local

Foto: Reprodução/G1
De acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CMN), cerca de 70,1% dos municípios brasileiros registraram casos de pessoas que querem ter a possibilidade de escolher o fabricante da vacina contra a Covid-19 antes de receber a dose do imunizante.
2520 prefeitos foram ouvidos em todo o país segundo estudo obtido pela CNN. A pesquisa foi realizada entre segunda-feira e quarta-feira (05 a 08).
O imunizante Coronavac ficou em primeiro lugar, com 53,1% de rejeição pela população, dentre as cidades que responderam à pesquisa. A vacina da AstraZeneca aparece em seguida, com 40,1%, o imunizante da Janssen, com 3,8% e, por fim, a vacina da Pfizer, com 3%.
Aqueles que tentam escolher a dose é informado nos postos de saúde que não há possibilidade de selecionar uma marca e é aplicado o imunizante previamente definido. Em 33,8% das cidades, o “sommelier” perde a prioridade na vacina.
Enquanto isso, cerca de 13% dos municípios pedem para que o cidadão retorne quando a vacina específica for recebida pelo posto de vacinação. Em menos de 1% das cidades a escolha do imunizante é acatada.
O levantamento destaca também que ainda existem pessoas que se recusam a receber qualquer tipo de dose contra a Covid-19. Mais de 70% das cidades mostram casos de cidadãos que não desejam se imunizar contra a doença.