Mais de 80 crianças foram mortas por balas perdidas no Rio entre 2007 e 2021, afirma ONG
O levantamento é da ONG Rio da Paz
Foto: Reprodução
O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, comentou nesta terça-feira (23), o caso do adolescente Ray Pinto Faria, de 14 anos, morto durante uma operação da Polícia Militar, no Morro do Fubá, em Campinho, na Zona Norte do Rio nesta segunda-feira (22). A família acusa policiais de terem executado o jovem.
Além da acusação, a família do adolescente ainda acusa os agentes de o terem levado, baleado, para outra comunidade e só então seguirem para o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, com outras duas pessoas que também haviam sido feridos e acabaram morrendo.
Segundo Antônio Carlos, entre 2007 e 2021 o estado teve 81 crianças (de 0 a 14 anos) mortas por bala perdida: "Ou, permita-me dizer, bala achada. Sempre que um menino e uma menina morrem de forma tão banal e hedionda pensamos que tudo vai mudar, mas nada muda. O motivo deve-se ao fato de que esses pequeninos moram em comunidades cujos moradores são considerados pelo poder público e grande parte da sociedades matáveis."
Em nota, a Polícia Militar informa que "três indivíduos foram atingidos e socorridos ao Hospital municipal Salgado Filho" e afirma que "todas as circunstâncias das ações estão sendo apuradas pelo Comando de Operações Especiais (COE) e pelo 1° Comando de Policiamento de Área (CPA)".
