Mais de 821 milhões de pessoas foram afetadas pela fome no mundo em 2018, diz ONU
Dados constam no relatório das agencias da ONU divulgado nesta segunda-feira (15)

Foto: Região agrícola da Guatemala, um dos países localizados no Corredor Seco da América Central, região afetada por estiagens severas. Foto: PMA/Francisco Fion
A fome no mundo cresce há três anos consecutivos, tendo afetado 821,6 milhões de pessoas em 2018, contra as 811 milhões registadas no ano anterior, segundo dados do relatório anual “O estado da segurança alimentar e nutrição no mundo” assinado por várias agências que compõe a Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira (15).
Segundo os dados do relatório anual, em termos mais precisos, uma em cada nove pessoas no mundo não tinha comida o suficiente para se alimentar no ano passado. Após várias décadas em queda, o flagelo da fome começou novamente a ganhar dimensão no ano de 2015.
As agências signatárias do relatório apontam que a desnutrição continua a persistir em vários continentes. A Ásia é o líder no ranking, possuindo 513,9 milhões de pessoas no continente que passam fome, ou seja, mais de 12% da população asiática sofrem por falta de alimento. Em seguida, a África apresenta um número de 256,1 milhões de pessoas que passam por miséria alimentícia, resultando em cerca de 20% da população. E por último, a América Latina e o Caribe contendo 42,5 milhões de pessoas, pouco menos de 7% da população local.
O relatório, co-assinado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estimou ainda que, durante 2018, mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo não tiveram acesso regular a alimentos suficientes, seguros e nutritivos e viveram numa situação de insegurança alimentar moderada ou grave.