Mais de dois meses após o incêndio que devastou a Catedral de Notre-Dame, doações não chegaram

O incêndio que destruiu parte do telhado da catedral de Notre Dame, ocorrido em 15 de abril, provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações vindas de toso o mundo e principalmente de grupos empresariais, como a gigante LVMH e a Kering.

Porém, até agora, apenas 80 milhões de euros dos 850 milhões anunciados, foram realmente contabilizados sendo que este pequeno montante corresponde a pequenas doações de indivíduos.

Os valores que estão contribuindo para o pagamento da limpeza e da reconstrução vêm, principalmente, de cidadãos franceses e norte-americanos que fizeram as doações a instituições de caridade da Igreja, como os Amigos de Notre-Dame de Paris, informa a agência Associated Press.

O ministro francês da Cultura, Frank Riester, confirmou o valor, no dia 14 de junho, citando várias causas para explicar essa diferença abissal entre o que foi prometido e o que foi recebido.

"Primeiro, há pessoas que prometem doar e que não doam (...), mas, acima de tudo - e isso é normal - as doações serão pagas em função do andamento das obras", argumentou Riester.

"Estão sendo feitos acordos com os grandes doadores" disse o ministro. “A população francesa vigia e cobra os que se dispuseram a doar e até agora não o fizeram”, afirmou.