Mapeamento do solo favorece e incentiva atividades do produtor rural

Com dados, produtor rural identifica qual a melhor cultura em sua propriedade

Por Da Redação
Ás

Mapeamento do solo favorece e incentiva atividades do produtor rural

Foto: Binyamin Mellish/Pexels

O conhecimento do solo é essencial para produtividade de qualquer cultivo porque dele vem todos os nutrientes que as plantas precisam para seu crescimento e desenvolvimento. A partir disso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou na quinta-feira (30) uma plataforma única do PronaSolos, que reúne o mapeamento de todos os tipos de solo, um grande incentivo para os produtores rurais.

O pesquisador da Embrapa Solos e coordenador-geral do PronaSolos, José Carlos Polidoro, ressalta que com o levantamento, feito até com imagens de satélites, o produtor rural conhecerá cada tipo de solo de sua propriedade, o que será fundamental para a exploração de sua terra de forma sustentável, sem degradá-la.

O PronaSolos permitirá ao agricultor planejar a cultura que irá plantar como, por exemplo, arroz, soja, milho, banana e algodão. O mapeamento também indicará se o solo não é adequado para um determinado tipo de cultura. “É um ganho para o produtor. A maior riqueza do agricultor é a sua terra e o conhecimento do solo é fundamental para o seu planejamento agrícola”, avalia.

Polidoro ressalta ainda que o conhecimento detalhado e aprofundado dos solos irá possibilitar à agricultura brasileira ganhar mais competitividade e contribuir para o desenvolvimento do país. O mapeamento também apoiará a formulação de políticas públicas de conservação do solo, preservação de ecossistemas, uso sustentável dos recursos naturais e segurança alimentar.

“As escalas de conhecimento do nosso solo estão muito defasadas. Nós precisamos de informações mais detalhadas para tomar decisões mais acertadas a respeito do uso, manejo e conservação. E conhecendo os solos, você pode definir o que é melhor para a agricultura”, completa Polidoro.

Os produtores rurais poderão tomar decisões mais acertadas, uma vez que, em geral, uma propriedade tem solos bastante diferentes, uns mais profundos, outros mais rasos, mais arenosos ou argilosos, onde a água drena mais facilmente, outros que permanecem mais úmidos por longo período.

“Quando o agricultor consegue saber antecipadamente o que plantar, onde plantar, quando plantar e como plantar, ele está muito próximo de ter uma produção sustentável. O conhecimento dos recursos de solos e seu adequado manejo são essenciais à sustentabilidade”, explica o pesquisador da Embrapa Solos, Silvio Bhering.

Para o pesquisador, conhecer o solo traz diversos benefícios para o produtor. Ele cita, por exemplo, a situação de uma propriedade rural tradicional, onde existem áreas de baixas, encostas e o topo dos morros.

“Em cada um desses ambientes existem solos distintos, na profundidade, fertilidade e na capacidade de armazenar água. Identificadas as particularidades de cada um desses ambientes, o produtor pode utilizar sua propriedade da melhor forma, através da seleção dos melhores cultivos e períodos de plantio”, complementa Bhering.

Plataforma tecnológica

Na quinta-feira (30), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou a plataforma digital do Programa Nacional do Brasil (PronaSolos) que reúne informações do solo brasileiro. Os dados podem ser acessados por pesquisadores, produtores rurais e pela população em geral, de forma gratuita.

A plataforma permite carregar na mesma imagem mapas de diferentes instituições, como por exemplo o mapa de aptidão agrícola do Matopiba, importante fronteira agrícola que compreende as regiões do Cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, junto com o mapa de hidrogeologia da região, fornecendo indicações das áreas com maior impacto do uso de irrigação. O conhecimento dos recursos de solos e seu adequado manejo são essenciais para a sustentabilidade da região.

A plataforma integra o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), que tem como objetivo mapear 8,2 milhões de quilômetros quadrados em escalas, como de 1:100.000, até 2048. Isso significa que cada um centímetro dos mapas, representa um quilômetro da área real. Atualmente, 5% do território nacional tem informações com este nível de detalhamento.

Com informações do Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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