Marcelo Queiroga critica Estados que antecederam vacinação de adolescentes contra Covid-19

Ministro da Saúde esclarece regras de vacinação para jovens

[Marcelo Queiroga critica Estados que antecederam vacinação de adolescentes contra Covid-19]

FOTO: Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta quinta-feira (16), durante entrevista coletiva, a atitude de Estados que antecederam a vacinação de adolescentes contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Na ocasião, ele disse que há casos de adolescentes que foram vacinados com imunizantes que não são recomendados. Para ele, a campanha vacinal tem de ser consciente e cabe aos estados e municípios responsabilidade.  

“Eu fico surpreso porque a vacinação dos adolescentes deveria começar a partir do dia 15 de setembro, eles fizeram antes e, inclusive, usaram vacinas que não tem a autorização da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Caso a Anvisa libere a vacinação de adolescentes com outro imunizante, que não seja o da Pfizer, e afirme que os jovens sem comorbidades podem se vacinar, o Ministério da Saúde ainda vai investigar a possibilidade. Nós temos casos de efeitos adversos, nós temos casos de adolescentes que tomaram vacinas não recomendadas e agora temos que acompanhar esses jovens”, disse o ministro.  

Durante a coletiva, o ministro disse que adolescentes sem comorbidade que receberam qualquer um dos imunizantes ministrados no Brasil, inclusive o da Pfizer, não devem proceder com o processo de imunização. Segundo ele, somente os jovens com comorbidades estão autorizados, pela lei, para receber o imunizante da  Pfizer. Esse público, ainda segundo o ministro, deve concluir o esquema vacinal. 

“Em relação às orientações, aqueles [adolescentes] com comorbidades que tomaram a primeira dose não recomendada, não devem tomar outra. Já os jovens com comorbidade, que tomaram a vacina da Pfizer, devem completar o esquema vacinal. Vamos seguir o PNI [Programa Nacional de Imunizações]. A gente só tem condições de entregar as vacinas de acordo com o cronograma, que é o que está previsto. Cada um tem que fazer a sua parte”, afirmou.

O ministro disse ainda que a questão dos adolescentes tem preocupado o Ministério da Saúde e, em especial, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Marcelo Queiroga afirmou ainda, quando questionado, que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, está responsável pelas questões jurídicas relacionadas à vacinação no Brasil. 

“Hoje de manhã o presidente me ligou e se mostrou muito preocupado com os jovens e com o futuro do país. Essa questão da vacina também é judicial e está sob comando do ministro Ricardo Lewandowski”, disse. Questionado se os estados que desobedeceram as normas para aplicação dos imunizantes serão responsabilizados, Queiroga respondeu: “Eu sou o ministro da Saúde, não faço parte de nenhum tribunal de justiça”. 

“O que eu quero é que nós caminhemos juntos, não estou aqui para responsabilizar ninguém. As notas do ministério são claras: vacinação em adolescentes a partir do dia 15 de setembro. O que nós queremos é avançar com a segunda dose para que até o final de outubro nós tenhamos a população adulta completamente imunizada”, completou.  

Para concluir, o ministro deixou claro que não há previsão para que adolescentes sem comodidades sejam vacinados no país. Segundo ele, o Ministério da Saúde só vai liberar a vacinação para esse público após estudos científicos que comprovem a aplicação segura. 

Veja os dados sobre a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 no Brasil:


 


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