Marcelo Queiroga diz que 'terceira dose só depois que avançarmos na segunda'
Ministro da Saúde afirma seguir orientação da OMS

Foto: Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na última segunda-feira (23), durante coletiva de imprensa, que a terceira dose da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, vai avançar no país somente depois que a aplicação da segunda dose da imunização for consolidada. A resposta do ministro da Saúde foi dada após ele ser questionado sobre a possibilidade de um reforço na vacinação: “Terceira dose só depois que avançarmos na segunda”.
“A OMS [Organização Mundial da Saúde], hoje, ditou uma posição no sentido de que não se avançasse na terceira dose enquanto a segunda dose não fosse aplicada na maior parte na população global”, acrescentou o ministro. A OMS argumenta que é preciso priorizar os países que ainda não conseguiram administrar doses à sua população, até que se chegue a ao menos 10% das pessoas vacinadas em todos os países, em vez de usar o suprimento global para reforçar a vacinação internamente .
O Ministério da Saúde afirma que, embora o Brasil tenha alcançado um número elevado de pessoas vacinadas com a primeira dose, mais de 8,5 milhões de brasileiros deixaram de voltar ao posto para receber a segunda. Aproximadamente 55 milhões de brasileiros completaram o esquema vacinal com as duas doses ou dose única do imunizante.
Mundo
Com o avanço da variante Delta do novo coronavírus, alguns países consideram ou já começaram a ministrar uma terceira dose de vacina. O debate sobre essa medida ainda divide especialistas. Sem um consenso sobre o tema, cada país tem adotado diferentes orientações sobre a dose de reforço.
Alguns, como Israel, estão ministrando as vacinas para pessoas com mais de 50 anos. Já a Hungria, por exemplo, abriu para a população em geral. Ainda há os que oferecem doses só para quem recebeu uma vacina específica, como o Chile. Além disso, cada país tem escolhido um período de tempo diferente para quando vai oferecer a terceira dose a seus cidadãos. Na geral, as decisões variam entre três a oito meses depois da segunda dose.
A Rússia anunciou no começo de julho que havia começado a administrar doses de reforço para pessoas imunizadas há mais de seis meses. A República Dominicana foi o primeiro país da América Latina a anunciar, em 30 de junho, que iria oferecer uma terceira dose. Já o Ministério da Saúde do Uruguai, começou nesta semana a oferecer terceiras doses para aqueles que receberam a CoronaVac. Na última quarta-feira (18), o governo americano afirmou que planeja oferecer a terceira dose de vacina a todos os americanos a partir de 20 de setembro.