Marcelo Queiroga nega interferência do filho em liberação de recursos

Ministro da Saúde classificou suspeitas como “narrativa que não se sustenta”

Por Da Redação
Ás

Marcelo Queiroga nega interferência do filho em liberação de recursos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reprodução/Instagram

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde,  classificou as suspeitas levantadas contra seu filho, Antônio Cristóvão Neto, de 23 anos, como "uma narrativa que não se sustenta".

De acordo com o que informou o jornal O Globo, o filho do ministro esteve ao menos 0 vezes no Palácio do Planalto e no Ministério da Saúde desde fevereiro deste ano, quando se lançou pré-candidato a deputado federal pela Paraíba. Em alguns momentos, ele teria levado consigo prefeitos e políticos paraibanos. 

Ainda de acordo com a reportagem, o filho do ministro se valeria de seu acesso ao gabinete do pai para intermediar pedidos de recursos financeiros encaminhados por municípios da Paraíba para, assim, angariar apoio político a sua candidatura.

“Isto é piada. Todos os recursos que saem do ministério são avaliados pela equipe técnica. Duvido que eles [secretários e gestores de contratos] coloquem seus CPFs para liberar recursos de maneira imprópria”, disse Queiroga ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Ao respondeu questionamentos de parlamentares das comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC); de Defesa do Consumidor (CDC); de Seguridade Social e Família (CSSF); de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) e de Defesa dos Direitos da Mulher (Cmulher), Queiroga perguntou: “Qual o problema de um filho visitar o pai no seu local de trabalho?”.

“Ajo dentro da lei. Tenho a consciência tranquila. O Ministério Público Federal pode investigar. Não há nenhum centavo de recurso público liberado sem avaliação técnica. Meu filho é filiado a um partido político, o Partido Liberal [PL]. Estamos em uma época de pré-campanha. E, tal como os senhores, ele tem o direito de assumir compromissos em nome de sua população. [Que o] julgue a população da Paraíba. Mas em nome do governo [federal] ele não fala”, acrescentou Queiroga.

Na ocasião, o ministro ainda falou sobre a desaceleração no ritmo para a tomada das doses de reforço contra a Covid-19 por parte da população. E em outro momento, defendeu que, caso haja uma revisão da legislação atual que autoriza a interrupção da gestação em casos de estupro, risco à vida da mãe e anencefalia do feto, isso aconteça por meio de referendo popular.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário