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Marconny Albernaz nega ser lobista e confessa amizade com filho de Bolsonaro

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Marconny Albernaz nega ser lobista e confessa amizade com filho de Bolsonaro

CPI ouviu advogado nesta quarta-feira (15)

Por Da Redação
Marconny Albernaz nega ser lobista e confessa amizade com filho de Bolsonaro
Foto: Agência Senado

O advogado Marconny Albernaz Ribeiro negou nesta quarta-feira (15), durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ter trabalhado a favor de interesses da Precisa Medicamentos em negociações com o Ministério da Saúde para compra de testes para detecção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

Durante o depoimento, o suposto lobista da Precisa Medicamentos também foi questionado a respeito de seu relacionamento com um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jair Renan Bolsonaro, chamado pelo pai de "04". Na ocasião, Marconny Albernaz reconheceu o vínculo de amizade entre os dois e confirmou ter comparecido ao aniversário de Jair Renan em um camarote em Brasília, durante a pandemia. A comemoração ocorreu no Estádio Mané Garrincha.

Em seu discurso inicial, antes dos questionamentos, Faria se disse "constrangido" por ter sua "vida exposta" em razão das investigações e, em tom indignado, declarou que "jamais foi capaz de transformar suas relações sociais em resultados econômicos milionários". As palavras do depoente geraram irritação da cúpula da comissão. O presidente, Omar Aziz (PSD-AM), criticou o que chamou de "marra".

Após a abertura, o advogado disse não se lembrar da maioria dos assuntos que fundamentaram as indagações por parte dos senadores. Ele também se calou em pontos específicos, como negociações envolvendo empresas com as quais teria algum tipo de negócio e o seu relacionamento com Karina Kufa, advogada da família Bolsonaro. O direito ao silêncio foi garantido ao depoente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir do princípio da não autoincriminação.

No Senado, membros da comissão cogitaram, na semana passada, pedir a prisão da testemunha em razão de sua ausência no depoimento agendado para 2 de setembro. Na ocasião, o suposto lobista apresentou um atestado médico, que posteriormente foi invalidado pelo próprio médico que assinou o documento. Pressionado, Faria colocou-se à disposição para depor hoje depois de a Justiça expedir uma ordem de condução coercitiva. 

CPI

O nome de Marconny Albernaz de Faria surgiu durante as investigações depois de o Ministério Público Federal (MPF), no Pará, compartilhar dados do celular dele com os senadores. O aparelho telefônico do suposto lobista foi apreendido em outubro do ano passado. Ele afirmou, em nota, que seu sigilo foi quebrado "sem qualquer autorização judicial".

Mensagens reveladas pela CPI no fim de agosto mostram que Marconny manteve diálogos com o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Ricardo Santana, a fim de supostamente favorecer a Precisa Medicamentos em uma compra do Ministério da Saúde para a aquisição de testes rápidos de detecção da covid.

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