Marcos Rogério diz que vai apresentar relatório final referente ao trabalho da CPI da Pandemia

Senador critica trabalho em grupo e afirma que a comissão surgiu para "atacar Bolsonaro"

[Marcos Rogério diz que vai apresentar relatório final referente ao trabalho da CPI da Pandemia ]

FOTO: Agência Senado

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), suplente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, disse nesta segunda-feira (14), durante conversa com a imprensa, que vai apresentar individualmente um relatório final referente ao trabalho de investigação realizado pela comissão. Segundo ele, o documento “já está bastante avançado” e que, no momento, espera a apresentação do relatório do relator da CPI, senador Renan Calheiros. 

“Deve haver vista em relação ao relatório do senador Renan. Então, no momento em que for apresentado o relatório dele, a sessão praticamente será tomada por esse relatório. Não acredito que seja um relatório curto, e sim um relato denso. O ideal seria ter a leitura do relatório dele em um dia, junto com a vista coletiva da comissão, e no momento seguinte a apresentação do voto em separado”, afirmou.

De acordo com Rogério Carvalho, o voto em separado “é uma manifestação parlamentar e, dessa forma, não há previsão de voto coletivo”. Para ele, o voto coletivo é uma manifestação individual do parlamentar".   

Em relação às expectativas para a reta final dos trabalhos da comissão, Carvalho afirmou que espera que os depoimentos que faltam contribuam positivamente com a investigação. “Esses depoimentos precisam contribuir para o esclarecimento de fatos que foram ventilados no âmbito da CPI. Até aqui, muitas narrativas e poucas evidências. É isso que, infelizmente, tem sido a tônica da CPI. Mas nunca é tarde para buscar aprofundar as investigações e encontrar evidências daquilo que se alega”, disse.

“A CPI não pode chegar ao final apenas sustentada em cima de fatos narrados, mas sem lastro em provas. O que sustenta de pé um relatório consistente são as provas, e não narrativas. As provas estariam, justamente, nos inquéritos da Polícia Federal e nas ações do Ministério Público Federal, mas nesse caso a CPI nunca quis investigar e fechou os olhos e escolheu colocar um tapete em cima”, completou. 

Na ocasião, o senador Rogério Carvalho deixou claro estar frustrado com o trabalho executado pela comissão e disse que os próximos depoimentos são fundamentais para mudar o rumo das ações. Sobre os supostos crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele avaliou que, até o momento, “o presidente da República não é investigado pela CPI”.  

“Para fazer a imputação do crime a alguém, primeiramente você precisa identificar o crime. É preciso ter provas e evidências do crime. Qual o peso de uma acusação como essa se ela não tiver lastro em um acervo probatório?  Seja documental, seja testemunhal, mas de maneira que com a sustentação dessa acusação. Primeiro, acho que a CPI erra ao acusar antes de buscar evidências. Segundo, quando a CPI aponta para o presidente da República deixa claro o que eu venho denunciando desde o início: a CPI nasceu com o objetivo de atacar o presidente Bolsonaro”, concluiu.  


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