Na mira da CPI da Pandemia, servidora é nomeada para cargo no Ministério da Cidadania

Thaís Amaral Moura era assessora especial da Secretaria de Governo

[Na mira da CPI da Pandemia, servidora é nomeada para cargo no Ministério da Cidadania]

FOTO: Reprodução

A assessora especial da Secretaria de Governo (Segov), Thaís Amaral Moura, foi nomeada como diretora do Departamento de Inclusão Produtiva Urbana da Secretaria Nacional de Inclusão Social, no Ministério da Cidadania, na segunda-feira (13).  

Thaís, que é namorada do advogado Frederick Wassef, entrou na lista de possíveis convocados para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia após escrever ao menos sete requerimentos apresentados por senadores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à comissão. Conforme os relatos, ela produziu o pedido de convocação de cinco especialistas associados à defesa do chamado “tratamento precoce” ou a críticas ao lockdown.  

Até então, Thaís trabalhava na Secretaria do Governo como secretária especial. A pasta é responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Com o novo cargo, a advogada será responsável por coordenar políticas de inclusão no programa Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família. O cargo é denominado DAS 5, cujo salário é de cerca de R$ 13 mil. A categoria é inferior apenas à remuneração de ministros e secretários.

Em agosto, a CPI aprovou a quebra de sigilo fiscal de Thaís. Ela recorreu da decisão, mas a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármem Lúcia, manteve a medida. Para ela, há “fortes evidências” de que a advogada teve uma participação relevante na defesa do “Kit Covid” e contra medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores. A CPI também tenta descobrir se Thaís fazia parte do chamado “gabinete do ódio”.

Nos requerimentos apresentados à CPI por governistas que têm a digital de Thaís, constava a convocação de pessoas ligadas ao Palácio do Planalto, entre elas a médica Nise Yamaguchi, conhecida por defender o uso da cloroquina e outros medicamentos ineficazes contra o novo coronavírus. O requerimento para a convocação de Thaís foi aprovado, mas não há previsão de que ela seja convocada de fato. A situação pode mudar a depender do que surgir nas informações da quebra de sigilo fiscal.


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