Marighella defende aplicação do Estatuto da Igualdade Racial contra Atakarejo
Caso segue em investigação

Foto: Divulgação
A vereadora Maria Marighella (PT) participou na quinta-feira, 13 de maio, data da abolição do trabalho escravo no Brasil e que marca a luta permanente do povo negro brasileiro, de dois atos que denunciam o racismo e o genocídio desta população. Um pela manhã, na Praça da Piedade, organizado pela Coalizão Negra Por Direitos e entidades parceiras, e um à tarde, em frente ao supermercado Atakarejo de Pernambués, organizado por movimentos negros e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A vereadora destaca que os atos pediram justiça para a comunidade do Jacarezinho, cenário, na última semana, da operação policial mais violenta da história do Rio de Janeiro, e para Bruno e Ian Barros, que teriam sido flagrados supostamente furtando quatro pacotes de carne no supermercado do Atakarejo, em Amaralina, e entregues a grupos criminosos, que os torturaram e assassinaram no final do mês de abril.
“Os atos denunciam as consequências da nossa abolição inconclusa. A escassez de direitos e a extrema violência destes casos nos alertam para o apagamento cotidiano das vidas negras. Enquanto membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, apresentamos uma moção de repúdio ao Atakarejo. Exigimos que a Prefeitura faça valer o Estatuto Municipal da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa que prevê a responsabilização de estabelecimentos que discriminem a pessoa em razão de sua cor ou etnia. Além de justiça, exigimos também a proteção e reparação aos herdeiros das vítimas de violações de direitos humanos”, argumentou a petista.