Mauro Cid cita Almir Garnier “como um dos mais radicais” no plano do golpe de Estado
Cid ainda destacou que pessoas se reuniam para sugerir ideia de golpe ao ex-presidente

Foto: Reprodução
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, disse em interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9) que o ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos era considerado um dos mais "radicais" dentre os que defendiam a ideia de um golpe de Estado para manutenção de Bolsonaro na presidência.
O tenente-coronel disse ao STF que não existia grupos organizados que se reunissem para discussão sobre golpe, mas pessoas que procuraram o presidente na época para sugerir a ideia.
Depois de ser questionado por Alexandre de Moraes sobre quais réus atuaram favoravelmente ao golpe, Mauro Cid confirmou alguns nomes.
“Os grupos não eram organizados. Era cada um com sua ideia. Não existia uma organização e nem reuniões. Não eram grupos organizados que iam junto ao presidente. Eram pessoas que levavam ideias. Tinham dos mais conservadores aos mais radicais”, disse.
Em relação a Garnier, Mauro Cid disse:
“Classifiquei entre um dos mais radicais”
Já sobre outros nomes, o tenente apontou pessoas que agiam de maneira moderada como o ex-ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira.
Após Cid afirmar que Garnier era um dos mais radicais, os advogados do tenente se movimentaram em plenário. Um dos advogados que estava sentado na plateia foi na direção de Demóstenes Torres, que está junto do ex-comandante da Marinha, e conversou com ele, enquanto o defensor mexia em alguns papéis.
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