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Médica que acompanhou Preta Gil durante tratamento contra o câncer relata últimos momentos da cantora: "Ela queria, com todas as forças, chegar no Brasil"

Preta Gil morreu no último dia 20 de julho, aos 50 anos, vítima de um câncer no intestino

Por Da Redação
Às

Médica que acompanhou Preta Gil durante tratamento contra o câncer relata últimos momentos da cantora: "Ela queria, com todas as forças, chegar no Brasil"

Foto: Reprodução/Instagram

A médica Roberta Saretta, que auxiliou Preta Gil durante o tratamento contra o câncer de intestino, revelou detalhes sobre os últimos momentos de vida da artista. Ela acompanhou a cantora nos Estados Unidos para realizar um tratamento alternativo para a doença.

Segundo Roberta, que deu uma entrevista ao jornal O Globo, o momento mais difícil que teve com Preta durante todo o período do tratamento, além do dia da morte, foi quando precisou dar o resultado do último PET [exame de imagem], em março deste ano. O exame mostrava que a doença tinha se espalhado para outros órgãos do corpo, como fígado e pulmões.

"Além do dia da morte, foi quando eu tive de dar a notícia do resultado do último PET, em março de 2025. O exame mostrou que a doença tinha se espalhado por outros órgãos, como fígado e pulmões. Fui na capela do Sírio pedir forças. Quando entrei para falar com ela, o quarto estava cheio de amigos, como sempre. Perguntei se ela preferia ter a conversa a sós com os médicos. Pela primeira vez, ela pediu para as pessoas saírem", revelou a médica.

Roberta também contou que, ao receber a notícia, Preta perguntou sobre o seu tempo de vida. Foi quando ela tomou a decisão de testar um tratamento experimental nos Estados Unidos.

"Tenho a impressão que ela me sentiu, viu no meu rosto algo estranho. Não tinha como ser diferente, meu vínculo com ela, com a família toda, era e é profundo. Senti uma faca no meu peito. Ao saber, ela me perguntou: ‘Se eu não fizer nada, quanto tempo tenho de vida?’. Respondi: ‘De seis a oito meses’. [Ela perguntou] ‘Tem alguma coisa para eu fazer? Eu vou morrer?’. Explicamos então que havia protocolos de pesquisa nos Estados Unidos com medicamentos que poderiam evitar a progressão rápida", relatou.

Piora no estado de saúde

A médica contou que, depois de quatro sessões do tratamento experimental nos EUA, Preta teve uma infecção e precisou interromper o protocolo. O tratamento precisou ser interrompido mesmo quando os rins da cantora ficaram fragilizados.

"Era uma terapia alvo, uma quimioterapia intravenosa. Ela agia contra uma mutação. Mas o câncer da Preta tinha mais de uma mutação. Depois de quatro sessões, ela teve uma infecção e precisou interromper o protocolo, ficou uns dez dias sem o tratamento. Voltou, fez mais uma sessão e notaram que os rins estavam enfraquecidos, a doença havia progredido. Ela teve de parar", explicou.

Roberta então viajou para os EUA para levar Preta de volta ao Brasil. "Recebi a notícia numa quinta-feira, cheguei com a Flora na casa em que ela estava em Nova York no sábado de manhã. Quando me aproximei, ela arregalou os olhos grandes e lindos e eu falei: ‘Vamos para casa’. Programamos a volta para o dia seguinte. Eu voltaria com ela em um avião UTI do aeroporto de Long Island, Flora com os familiares e amigos em um voo comercial, do aeroporto JFK", contou.

No entanto, a cantora passou mal ao chegar no aeroporto para retornar ao Brasil.

"Quando a ambulância chegou para levá-la ao aeroporto e os paramédicos mediram as taxas, ela estava estável, com índices normais, pressão, eletro, tudo. Ela queria, com todas as forças, chegar no Brasil. Durante o trajeto de uma hora e 20 minutos de viagem até o avião, fiquei de frente para ela, repetindo que a levaria para casa. Ela foi acordada o tempo todo. Ao chegar no aeroporto, ela passou mal, vomitou", relembrou.

"'Estamos quase lá', eu falei. ‘Preta, você dá conta de viajar? Segura mais um pouco?’. E ouvi a resposta: ‘Não dou conta’. Pedi para o paramédico nos levar ao hospital mais próximo. Chegamos em oito minutos. Quiseram reanimá-la, poucos minutos depois ela se foi."

Preta Gil morreu no dia 20 de julho de 2025, aos 50 anos.

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