Médico surfista revela como salvar vítima de ataque de tubarão
O estudo foi publicado nesta quinta-feira (23) no periódico Emergency Medicine Australasia

Foto: Reprodução/G1
Um estudo australiano revelou uma técnica de primeiros socorros para conter a hemorragia e reduzir as mortes de pessoas que são atacadas por tubarões. Encontrar o ponto médio entre os quadris e os órgãos genitais, fechar o punho e pressionar o máximo que puder.
De acordo com os estudos de Nicholas Taylor, da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), a técnica de compressão é mais eficaz do que tentar conter o sangramento com torniquetes.
O estudo foi publicado nesta quinta-feira (23) no periódico Emergency Medicine Australasia. Ele mostrou que apertar o punho e pressionar a artéria femural deteve 89,7% do fluxo sanguíneo, em comparação com 43,8% por torniquete improvisado com a corda da prancha de surfe.
Grande parte dos ferimentos mortais de tubarão ocorre pelo ataque nas pernas, deixando a vítima sangrar até a morte, mesmo que consiga retornar à costa.
"Sabia, por minha experiência em medicina de emergência, que, com um sangramento abundante na perna, pode-se pressionar com muita força a artéria femural e praticamente cortar todo fluxo sanguíneo para a perna desta forma", disse o médico surfista em um comunicado publicado pela ANU nesta sexta-feira (24).
Taylor deseja que a técnica alcance cerca de 500 mil surfistas australianos, para os quais os "encontros" com esses tubarões não são mais frequentes.
"Quero cartazes nas praias. Quero que isso seja difundido na comunidade do surfe. Quero que as pessoas saibam que, se alguém for mordido, podem tirá-lo da água, pressionar o mais forte possível neste ponto central e que isso pode interromper quase todo fluxo sanguíneo", acrescentou o especialista.