Médicos da rede estadual encerram greve após determinação da Justiça

Profissionais de cinco maternidades de Salvador declararam greve na última quinta (1)

Por Da Redação
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Médicos da rede estadual encerram greve após determinação da Justiça

Foto: Unsplash

O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed BA) anunciou a suspensão da greve deflagrada na última quinta-feira (31) após intimação do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Os profissionais haviam iniciado a greve após decisão unânime em assembleia convocada pelo sindicato no último dia 24, em protesto contra a mudança do vínculo trabalhista de CLT para Pessoa Jurídica (PJ). As unidades de saúde afetadas foram o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin.

Na decisão, a justiça determinou a suspensão imediata da greve sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Por meio da nota, o sindicato afirmou que avaliará os próximos passos "para garantir os direitos dos médicos" e ressaltou que, durante o processo de paralisação, foram restringidas apenas fichas verdes e azuis, além de procedimentos e atendimentos eletivos, sem risco à saúde.

O Sindimed BA propôs ainda que os 529 médicos que estão perdendo os vínculos CLT assinem um contrato REDA provisório ou CLT com terceirizado, até que as licitações anunciadas aconteçam. "Aguardamos uma negociação resolutiva", pontuou o sindicato.

Após anunciar o fim da paralisação, o sindicato convocou uma assembleia extraordinária para o início da tarde desta sexta-feira (1). O Farol da Bahia entrou em contato com a associação e aguarda resposta.

O que diz a SESAB

Por meio de nota, a secretaria acusou o Sindimed BA de "criar um falso cenário de colapso por meio de uma retórica alarmista e estratégias de desinformação". Ainda de acordo com a Sesab, a decisão da Justiça "reforça o entendimento de que a interrupção de serviços essenciais comprometeria a vida e a saúde da população, especialmente de pacientes internados e gestantes de alto risco".

"A Sesab lamenta que, mesmo diante da clareza dos fatos e do diálogo institucional promovido na reunião do último dia 24 de julho com o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, o Sindimed tenha optado por disseminar a insegurança e a desinformação", completou.

O Farol da Bahia procurou a Sesab para informações sobre os próximos passos da negociação e aguarda resposta.

 

 

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