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Membros de igreja evangélica em Sergipe são denunciados por assédio sexual contra mulheres

O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis vai instaurar inquérito

Por Da Redação
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Membros de igreja evangélica em Sergipe são denunciados por assédio sexual contra mulheres

Foto: Divulgação

O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil informou na manhã desta sexta-feira (19), que recebeu uma denúncia de assédio sexual contra mulheres por pastores da Igreja Quadrangular em Sergipe. A denúncia foi feita no fim da noite da última quinta-feira (18), por uma organização que reuniu depoimentos de parte das vítimas.

O caso é sigiloso e está sendo conduzido pela delegada Mariana Diniz, que informou que um inquérito será instaurado pela Delegacia de Atendimento à Mulher do DAGV para apuração dos fatos e oitivas das vítimas. Como o caso foi registrado oficialmente, as equipes do DAGV, que têm experiência com esse tipo de investigação, darão o encaminhamento necessário. A apuração visa descobrir se há prática de crime e quem seriam os envolvidos.

Denúncias

O pastor Maurício Romero denunciou na última quinta-feira (18), em entrevista aos radialistas Alex Carvalho e Ewerton Jr. no programa Liberdade sem Censura, "o pai e o filho", dois pastores ligados a uma importante igreja evangélica no Estado e outros líderes religiosos de outras denominações, que segundo a denúncia, estariam praticando o crime de assédio sexual. 

Segundo o pastor, tudo começou após a criação de um Instagram denominado “Movimento Púlpito Reformado”, um perfil que incentivava o envio de queixas e depoimentos de mulheres que já foram assediadas no ambiente evangélico.Em apenas uma semana, dezenas de mulheres se encorajaram e passaram a interagir com Maurício e enviar uma enxurrada de depoimentos contra líderes religiosos das mais diversas igrejas espalhadas pelo Estado. 

Trata-se de relatos surpreendentes, alguns com “prints” de mensagens trocadas e até envio de vídeos de conteúdo pornográfico. “Surgiu de uma certa inquietação que já vinha se estendendo por alguns anos, mas sempre que eu conversava com alguém, principalmente pessoas de liderança, a palavra que vinha era 'não passam de boatos, não passam de mulheres que de alguma maneira estão insatisfeitas, deram em cima de mim', dizia um. O outro falava 'insatisfeitas então, elas estão tentando retalhar, me atacar por causa disso'. Eram denúncias que não eram oficiais, aconteciam nos bastidores, nos corredores, mas que nunca foram comprovadas. Eu costumo orar, falar com Deus de madrugada, e em uma madrugada, há uns 10 dias, Deus falou muito claramente comigo para simplesmente abrir o espaço, que eu não precisaria fazer nada, era só para abrir o espaço que o resto Ele faria no coração dessas mulheres e daí eu abri o espaço no meu instagram, meu instagram particular”, disse o pastor.

Vários foram os relatos de mulheres assediadas pelos pastores segundo o pastor. Ainda na entrevista, o pastor Maurício explica a escolha do nome do movimento, que conta com assessoria jurídica e, pela dimensão que tomou, deve ser transformado, muito em breve, em uma Organização Não Governamental (ONG). “A reforma do púlpito, obviamente, não é uma reforma física, é uma reforma estruturante, é uma reforma de caráter, uma reforma do posicionamento do indivíduo que está ali pregando a palavra de Deus e a sua vida fora daquele púlpito. Entendemos, como evangélicos, que nós precisamos dar exemplo, não porque devemos e precisamos, mas porque a bíblia, Jesus, nos conclama isso, a sermos exemplos. Não só aqueles que estão no púlpito, mas muito mais aqueles que estão no púlpito, eles têm uma responsabilidade muito grande sobre si. Eles assumiram esse chamado, eles assumiram essa posição, então eles precisam ter o esforço de ter uma vida sem acusações”, disse o religioso.
 

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