Mensagens e cartas revelam umplano do PCC para chegar até ministro do STF
Ministro Kassio Nunes Marques recusou todos os seis recursos expostos pelo membro do Primeiro Comando da Capital (PCC)
Foto: Andressa Anholete/ STF/Reprodução
Membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), o faccionado Rodrigo Felício, o "Tiquinho", tentou se aproximar do ministro Kassio Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP). De acordo com informações da coluna "Na Mira" de Carlos Carone.
A investigação ainda revela que, Tiquinho orientava a filha de como ela deveria agir para conversar com Nunes Marques, contudo, não existe elementos que apontem que houve qualquer encontro entre o ministro e pessoas ligadas a Tiquinho. Além de a reunião não ter ocorrido, Nunes Marques, como relator do caso de faccionado, rejeitou seis pedidos feitos pela defesa do criminoso.
O que diz o ministro
O gabinete do ministro Kassio Nunes Marques comunicou que identificou oito ações em nome da parte Rodrigo Felício. Entre elas, seis obtiveram deliberações do ministro desfavoráveis a Tiquinho, as quais foram comprovadas pela Segunda Turma.
Nas outras duas, teve uma solicitação de Rodrigo Felício para que os processos fossem redistribuídos ao ministro Edson Fachin, e os autos foram mandados para a presidência examinar a possível prevenção.
“O ministro Nunes Marques não conhece as pessoas mencionadas e nunca as recebeu. Um advogado da parte (Tiquinho) pediu audiência pelos meios oficiais e foi atendido por um juiz instrutor do gabinete de Nunes Marques, como de praxe. A audiência foi por videoconferência”, comunicou o STF, em nota.
A audiência foi solicitada ao gabinete do ministro por intermédio do advogado Aury Lopes Jr., que trabalha no caso de Rodrigo Felício em ação que prossegue na Corte, sob relatoria de Nunes Marques.
