Mercado acompanha risco de Selic acima de 14% como na crise de 2015

A projeção é estimulada pela invasão da Ucrânia pela Rússia

Por Da Redação
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Mercado acompanha risco de Selic acima de 14% como na crise de 2015

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Diante das expectativas que a inflação caminhe para níveis cada vez mais distantes das metas desejadas pelo Banco Central (BC), acende-se um alerta sobre o risco de a taxa Selic voltar o seu último pico nominal, de 14,25% ao ano, ainda este ano. 

Essa projeção, que até antes da disparada de commodities (matérias-primas em dólar), era considerada intolerável, foi impulsionada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, e já é um risco acompanhado pelo mercado.

Um novo pico de juros pode fomentar a piora adicional do quadro de inflação, afirmam economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Para impedir um novo choque, a política monetária deveria avançar novamente em direção ao último pico, ponderando que a mediana do mercado para o fim do ciclo já está em 13,25%, a apenas 1 ponto porcentual da marca.

De acordo com o ex-diretor de Assuntos Internacionais do BC, Alexandre Schwartsman, seria necessária uma Selic terminal entre 13,5% e 14,0% para levar a inflação ao centro da meta no ano que vem.

No entanto, ainda existem dúvidas sobre se a autarquia estaria disposta a validar juros neste nível, analisando a sinalização do último comunicado de que 12,75% seria um nível suficiente para promover a convergência, destacou o economista.

“Fica minha dúvida sobre se o BC vai estar disposto a dar mais juros do que isso. Se não der, não vamos convergir no ano que vem”, diz Schwartsman.

Com juros de 12,75%, o economista avalia que o IPCA de 2023 deveria ficar em torno de 3,70%, conforme o mais recente relatório Focus, ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha estimado, neste cenário, uma inflação de 3,10% em 2023, caso haja desaceleração do petróleo.

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