Mercado de trabalho mostra sinais de estabilidade após pandemia, aponta Ipea
A taxa de desocupação foi de 13,3% na semana de 2 a 8 de agosto

Foto: Reprodução/ Getty Images
Um boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19) referente à semana de 2 a 8 de agosto, divulgado na sexta-feira (28), apontou que o mercado de trabalho brasileiro mostra sinais de estabilidade, ainda que de forma mínima, após o tombo causado pela crise econômica com a pandemia de Covid-19.
Segundo a Carta de Conjuntura do Ipea, mesmo que não seja possível notar uma reação mais robusta do mercado de trabalho, há índices de estabilidade que apontam uma interrupção na tendência de queda, que vinha sendo divulgado desde março.
A taxa de desocupação foi de 13,3% na semana de referência, próxima da média de julho, de 13,1%. O nível da ocupação também apresentou estabilidade em relação ao mês anterior, situando-se em 47,9%, nível idêntico à média de julho.
No entanto, técnicos do Ipea explicam que mesmo com os leves sinais de estabilidade, os efeitos da crise no mercado de trabalho tendem a persistir durante algum tempo.
“Em particular, é razoável imaginar que, nos próximos meses, a taxa de desocupação se mantenha em um patamar elevado, podendo até vir a oscilar para cima, pressionada pelo movimento de retorno à força de trabalho de uma parcela de trabalhadores que, amparada pelo recebimento do auxílio emergencial, deixou de procurar emprego por conta da crise e do distanciamento social”, salientou o instituto na Carta de Conjuntura.