Mercado prevê que BC eleve juros ao maior nível em um ano e meio
Alta que será anunciada nesta quarta (16) deve ser influenciada pela disparada da inflação

Foto: Reprodução/Remessa Online
A disparada da inflação deve levar nesta quarta-feira (16) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) a elevar a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) pela terceira vez consecutiva. A decisão será anunciada após as 18h.
A expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de cem instituições financeiras, é de um novo aumento de 0,75 ponto percentual (o que levaria a taxa básica dos atuais 3,5% para 4,25% ao ano).
Entretanto, parte dos analistas dos bancos estima uma alta maior, de um ponto percentual, para 4,5% ao ano. Em ambos os casos, seria o maior nível para a taxa Selic desde o final de 2019 (quando o juro básico estava em igual patamar. Além disso, as previsões dos economistas são de que os aumentos continuarão no decorrer deste ano.
A previsão é de que a Selic termine 2021 em 6,5% ao ano, o que vai representar, se confirmado, uma forte puxada em relação aos 2% ao ano registrados no começo de 2021. O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação, olhando para o futuro pois as decisões demoram de seis a nove meses para surtirem efeito.
Neste ano, a meta central é de 3,75%, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ficar entre 2,25% a 5,25% sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2022, a meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.