Mercado projeta queda de lucros nos EUA com economia fraca
Empresas de capital aberto realizam uma rodada de cortes de gastos, incluindo demissões

Foto: Reprodução/Twitter
Com o impacto da subida dos juros para controlar a inflação nos Estados Unidos e uma desaceleração econômica, o mercado do país passou a projetar uma queda nos lucros para o quarto trimestre. Em razão disso, empresas de capital aberto realizam uma rodada de cortes de gastos, incluindo demissões.
Enquanto setores como o de saúde e energia registraram bons resultados, empresas de consumo, big techs e grandes bancos americanos deixaram a desejar no terceiro trimestre. O resultado foi o menor crescimento de ganhos do S&P 500, que reúne os maiores grupos de capital aberto nos EUA, dos últimos dois anos.
O lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) das instituições que já divulgaram balanços nos EUA ficou 1,8% acima das estimativas no terceiro trimestre, menor que a média vista nos últimos cinco anos, de 8,7%, segundo a empresa de análise financeira FacSet.
Já as petroleiras apresentaram novos resultados recordes, ultrapassando a casa dos US$ 30 bilhões, considerando os números de ExxonMobil e Chevron. "O fato é que estamos nesta posição devido ao trabalho árduo e ao comprometimento de nosso pessoal nos últimos anos", justificou o CEO da ExxonMobil, Darren Woods, em teleconferência com investidores, no fim de outubro.
Na última semana, a Meta, dona do Facebook, divulgou o corte de cerca de 11 mil funcionários em todo o mundo, inclusive no Brasil. Além das big techs, outras empresas anunciaram reduções. O Walmart, por exemplo, afirmou que vai contratar bem menos para a temporada de compras nos EUA do que em 2021. Serão 40 mil pessoas, ante 150 mil no ano passado.