A pressão inflacionária está avançando, no entanto, os agentes do mercado financeiro voltaram a recuar as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a previsão caiu de 5,04% para 5,01%. Para o ano que vem, o número passou de 1,54% para 1,50%. 

Os agentes do mercado financeiro continuam intensificando suas expectativas para a inflação deste e do próximo ano. Na vigésima oitava alta consecutiva, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu para 8,69% em 2021. Para 2022, a projeção passou para 4,18%, após 13 elevações seguidas. Um mês atrás as estimativas eram, respectivamente, 8,35% e 4,10%. 

Os dados são do Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (18). O documento contém a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.

Conforme a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o IPCA não poderia ultrapassar os 5,25% este ano. O centro da meta é de 3,75%, porém, a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo e permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%.

A Selic é o principal meio da autoridade monetária de controle inflacionário. Dessa forma, os analistas consideram que a Selic deve terminar 2021 em 8,25% ao ano. Também é esperado que a taxa alcance 8,75% a.a em 2022.