Mesmo com protestos, datas do Enem devem ser mantidas
O Ministério da Saúde, informou 1.242 novas mortes causadas pela covid-19 no último boletim

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Alexandre Lopes, o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio deve ser mantido, mesmo com a onda de protestos nas redes sociais pedindo para adiar o enem.
Segundo Alexandre, as provas não serão adiadas por causa da pandemia do coronavírus. “Nós nos preparamos para fazer uma prova em ambiente de pandemia. Temos a segurança [de] que a prova deve ser feita e que as condições de aplicação são adequadas, são as que precisam ser tomadas."
Nesta quarta-feira (6), o Ministério da Saúde, informou 1.242 novas mortes causadas pela covid-19. Foi o maior número diário desde 25 de agosto, quando foram registrados 1.271 óbitos. Ainda há 2.552 mortes em investigação. O Brasil já contabiliza 198,9 mil mortes e 7,87 milhões de casos.
No Twitter, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, referiu a hashtag adia enem à defesa da vida das pessoas. “#AdiaEnem é defender a vida das pessoas. O Brasil está se aproximando das 200 mil mortes pelo novo coronavírus. Não se pode brincar com a vida dos estudantes e de seus familiares”.
#AdiaEnem é defender a vida das pessoas.
— União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (@ubesoficial) January 5, 2021
O Brasil está se aproximando das 200 mil mortes pelo novo coronavírus. Não se pode brincar com a vida dos estudantes e dos seus familiares.
Segue o fio +
O presidente do Inep destacou o papel do Enem para o acesso de estudantes ao ensino superior e a estrutura de organização do Inep, que considera capaz de oferecer um ambiente seguro para aplicação do teste. “Há universidades que estão usando exclusivamente a nota do Enem como meio de acesso ao ensino superior, e isso é importante porque, em vez de o aluno sair de casa para fazer várias provas, ele sai para fazer o Enem. Dada a nossa capacidade de organização e o tamanho do Enem – são 5,8 milhões de pessoas inscritas este ano –, temos condições de oferecer um ambiente seguro de prova que, eventualmente, uma faculdade menor não conseguiria”.
Inicialmente, o exame estava agendado para outubro e novembro do ano passado mas após uma série de protestos virtuais, ele foi adiado.
Diversas medidas para evitar a contaminação pelo coronavírus, aumentando a quantidade de locais de prova e reduzindo o número de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes foram anunciadas pelo Inep. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção facial, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.
Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.
A versão impressa do Enem será nos dias 17 e 24 de janeiro e, a versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.