Mestre Madruguinha lança disco 'Pra Onde A Gente Vai Agora?' de música tropical latina
São 12 faixas que não deixam de ser atravessadas por um sentimento: fazer arte em meio a calamidades

Foto: Ananda Barreto/Divulgação
A banda sergipana de música tropical latina Mestre Madruguinha lança nesta quarta (2/2) o álbum 'Pra Onde A Gente Vai Agora?'. Com 12 faixas, a obra conta com participações de Chibatinha (ÀTTØØXXÁ), Julico (The Baggios), entre outros.
Ouça o álbum no streaming aqui: https://rebrand.ly/MestreMadruguinha_PraOndeAGenteVaiAgora.
“Pra onde a gente vai agora?”, um clichê na boca do jovem aracajuano para indagar e instigar sobre a dinâmica da noitada em Aracaju, capital de Sergipe, é o primeiro álbum completo da Mestre Madruguinha após diversos singles e um EP — de 2016 — que alavancou o nome da banda inclusive para fora do estado.
O álbum exala pluralidade, tanto devido à mescla de ritmos da música brasileira e latinos, quanto nas mensagens das letras. São 12 faixas, quase todas “pré-pandêmicas”, mas que não deixam de ser atravessadas por um sentimento: fazer arte em meio a calamidades é, por definição, um ato de resistência.
E se o tempo nebuloso às vezes lança olhares para o futuro com poucas certezas, por outro lado, encoraja a tatear novos horizontes musicais. É neste ponto que Mestre Madruguinha entra com o disco “Pra onde a gente vai agora?”: oferecer confortos, amores, festejos e múltiplas possibilidades para seguir adiante.
O álbum é diversificado para todos os paladares, feito comida a quilo. Tem postas fartas de cumbias e carimbós, uma surpreendente farofa crocante de frevo e forró, uma salada refrescante de piseiro e brega funk, além do já tradicional molho à base de salsa e bolero. Tudo à moda da casa", brinca a banda sobre o 'menu' do disco.
E “Pra onde a gente vai agora?” também é resposta! Numa pandemia que precisou substituir o calor humano das aglomerações pela segurança dos confinamentos, o segmento da cultura foi um dos mais debilitados. E a reação providencial aos gritos de socorro, a Lei Aldir Blanc, viabilizou uma profusa onda de novas produções no cenário artístico sergipano.
Como enfatiza a banda, este é um lançamento de muito amor. De muitos amores. O amor leve de quem prova e fica, o amor líquido de quem pode e vai. O amor que te prende no chamego, o amor que te aprisiona nas promessas. O amor cortês que se consente, o amor cafajeste que se rejeita. O amor que gera descendentes, o amor que a esses se dedica. Acima de tudo, amor pela arte, nosso lampião para dias sombrios, que ilumina os caminhos e nos guia na direção correta sempre que o desespero indaga: “Pra onde a gente vai agora?”.
Mestre Madruguinha
A banda natural de Aracaju/SE e em atividade desde setembro de 2013, bebe de fontes musicais embrenhadas nas genuínas manifestações culturais das Américas.
A sonoridade do grupo é fruto de uma jornada de aproximação com uma diversidade de ritmos afrolatinoamericanos, agregando desde o carimbó e a guitarrada, típicos da região Norte do Brasil, até gêneros como a cumbia, a salsa e o bolero, bastante populares em toda a América Hispânica, especialmente na Colômbia, no Peru e nos países Caribenhos.
Após lançar o primeiro EP, Mestre Madruguinha, em novembro de 2016, com seis faixas autorais inéditas, que também resultaram numa sequência de vídeos com performances ao vivo, a banda potencializou seu alcance a novos públicos, tanto locais quanto fora de Sergipe.
Em julho de 2020, a banda lança videoclipe do single “Bloco (Estaçãozis Unidis) da Alegria”, enquanto, em dezembro de 2021, foram lançados single e videoclipe da canção “Flor Cor-de-Rosa”.
Motivada pelo diálogo musical que dissolve fronteiras, a banda entrega um som dançante e envolvente, criando uma atmosfera de celebração com toques de latinidade.