Metanol: família é responsável direta por duas mortes após contaminação
Fábrica clandestina de bebidas tocado pelo grupo foi fechada

Foto: Reprodução/Biodiesel Brasil
A Polícia Civil concluiu, nesta sexta-feira (17), a segunda fase da operação que investiga os casos de contaminação por metanol em São Paulo e chegou ao núcleo familiar de Vanessa Maria da Silva. De acordo com as autoridades, a família é responsável direta por três casos de contaminação em São Paulo. Em dois dos casos, as vítimas morreram.
Vanessa foi presa na última sexta-feira (10), ocasião em que a fábrica clandestina de bebidas de sua família foi fechada. O marido de Vanessa, o pai e o cunhado também fazem parte do esquema de adulteração de bebidas.
De acordo com a polícia, Vanessa e seus familiares compravam etanol em dois postos de combustíveis para adulterar as bebidas alcoólicas que vendiam. O marido dela, inclusive, é apontado como uma “pessoa conhecida” no ramo de falsificação de bebidas.
Apesar disso, a mulher é a única presa na operação que começou no dia 10 de outubro e terminou nesta sexta-feira. A família contava com a ajuda de um garrafeiro no processo – transferências bancárias obtidas pela polícia comprovam que o suspeito comprou etanol em um dos postos investigados na operação.
A principal hipótese é de que a fábrica de Vanessa distribuiu bebida adulterada para os demais lugares que continham garrafas contaminadas. A polícia ainda busca descobrir se há relação da “família do metanol” com os outros casos confirmados em São Paulo.
A família nega que sabia que estava comprando etanol batizado com metanol. No entanto, segundo o delegado-geral, Artur Dian, ao comprar etanol para adulterar bebidas alcoólicas, o grupo assumiu o risco de matar alguém.