Metaverso: mundo virtual chama atenção dos investidores; Entusiastas afirmam que a utopia será uma evolução da internet
De acordo com a Bloomberg Intelligence, esse mercado deve chegar a US$ 800 bilhões (R$ 4,5 trilhões) em 2024

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O metaverso, utopia futurista que tem como objetivo interligar os mundos real e virtual, deixou de interar apenas páginas de livros de ficção científica, chamando a atenção de investidores e grandes empresas, como o Facebook, que recentemente mudou seu nome para “Meta”.
Metaverso é uma espécie de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. Ele é programado por meio de diversas tecnologias, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas.
De acordo com alguns entusiastas, o metaverso será a evolução da internet. No entanto, outros o analisam como um risco para a privacidade, e uma “droga” viciante. Para que seja implantada, a utopia ainda depende do amadurecimento de algumas tecnologias, como o próprio 5G.
O metaverso foi cunhado pelo escritor Neal Stephenson em seu livro de ficção científica “Snow Crash”, publicado em 1992. Na obra, o “Hiro Protagonist”, personagem que na “vida real” é um entregador de pizza, já no mundo virtual – chamado na história de metaverso – ele é um samurai.
Em 2011, novamente o escritor Ernest Cline falou sobre o tema em seu romance futurista “Ready Player One” (Jogador Número 1 no Brasil)”, que chegou as telas do cinema em 2018, pelas mãos de Steven Spielberg. Na história, os personagens vivem em um mundo distópico e, para fugir da realidade, eles passam horas no OASIS, um simulador virtual que concede a eles a possibilidade de serem o que quiserem.
Com o interesse na tecnologia, algumas empresas tentaram elaborar algo semelhante a um metaverso, como o Second Life, jogo lançado em 2003 pela empresa Liden Lab, baseada nos Estados Unidos, que contém ambiente virtual 3D e simula a vida real. O jogo fez sucesso entre milhares de gamers, no entanto, não conseguiu unir completamente os mundos real e virtual, por não possuir uma economia digital.
Após polêmicas envolvendo o Facebook, a empresa decidiu, em outubro de 2021, mudar o nome para Meta (as redes sociais continuam com o mesmo nome). De acordo com o fundador e presidente da companhia, Mark Zuckerberg, a mudança se deve ao novo posicionamento do grupo:
“Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas em nosso DNA somos uma empresa que constrói tecnologia para conectar pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, assim como a rede social foi quando começamos”.
“No metaverso, você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar – reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar – bem como ter experiências completamente novas que realmente não se encaixam em como pensamos sobre computadores ou telefones hoje” disse Zuckerberg.
Outras empresas como a Nvidia, Microsoft e Nike também aderiram a tecnologia. No brasil, o Banco do Brasil também tem utilizado a utopia.
De acordo com a A Bloomberg Intelligence, esse mercado deve chegar a US$ 800 bilhões (R$ 4,5 trilhões) em 2024, puxado principalmente pelos games de metaverso e por eventos realizados nessa nova camada de realidade. Já a gestora Grayscale, afirma que o metaverso é um mercado com potencial para gerar US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) em receita anual.
“O metaverso é um universo digital que vai além da internet que conhecemos hoje. Essa visão para o estado futuro da web tem o potencial de transformar nossas interações sociais, negociações comerciais e a economia da Internet em geral”, disse a empresa em relatório divulgado em novembro de 2021.