Mineradoras preveem dificuldades de fornecimento de cobre, lítio e níquel

Esses minerais ganham espaço na nova economia "caborno zero" com a produção de carros elétricos

[Mineradoras preveem dificuldades de fornecimento de cobre, lítio e níquel]

FOTO: Pixabay

A 'descarbonização' da economia pode gerar uma dificuldade de fornecimento de produtos para as mineradoras. Isso porque nesse processo de carbono zero, a demanda de cobre, lítio e níquel tem aumentado cada vez mais. Esses minerais são essenciais na fabricação de carros elétricos, painéis solares, baterias, turbinas eólicas e milhares de quilômetros de fios de transmissão. 

As mineradoras afirmam que não darão conta de oferecer todas as commodities na quantidade necessária, e com isso, há possibilidade escassez, seguida de elevação nos preços. Esse cenário é o esperado para os próximos anos. 

No caso do cobre, a estima é de que deve falta entre seis e oito milhões de toneladas do metal em 2030, segundo especialistas da área. O volume irá corresponder a 25% do mercado. Esse é o dobro da escassez registrada em 2000, quando o crescimento acelerado da China aumentou a procura pelo mineral e também desencadeou uma alta nos preços com a tonelada superando os US$ 10 mil. 

Atualmente a cotação do cobre ronda a casa dos US$ 10,2 mil por tonelada.

O níquel terá aumento de demanda principalmente para a produção de baterias. Apesar de não seguir o mesmo ritmo do cobre, a alta do níquel foi de 29%, considerando os dados desde o ano passado.

A situação do lítio é mais controversa que a do cobre e do níquel, já que esse metal é abundante na natureza brasileira. E devido a isso, especialistas discordam se haverá ou não uma ruptura entre o fluxo de demanda e oferta.

Se o aumento da demanda fosse gradativo, não haveria problemas de abastecimento, mas o presidente da mineradora AMG Brasil (que tem como principal matéria-prima o lítio), Fabiano Costa, diz que a oferta de lítio nos próximos dez anos não acompanhará a demanda, fazendo com que os preços fiquem pressionados até 2030. Somente neste período de pandemia, a busca pelo mineral teve grande alta e o mercado chinês já trabalha com preços 170% mais altos se considerar os preços adotados antes da crise sanitária mundial. 


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