Ministério da Saúde vai adotar medidas contra médicos que promovem conteúdo 'antivacina' nas redes sociais
Profissionais têm usado as plataformas para vender cursos, consultas e tratamentos sem comprovação científica

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O Ministério da Saúde se prepara para adotar medidas judiciais contra médicos que têm usado as redes sociais para promover conteúdo "ativacina" e faturado com a venda de cursos, consultas e tratamentos sem comprovação científica. As informações são do Estadão.
O ministro Alexandre Padilha já havia anunciado que atuaria em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU) contra a difusão do que os médicos chamam de “síndrome pós-spike” ou “spikeopatia”, em relação a vacina de RNA mensageiro (mRNA), usada durante a pandemia de Covid-19.
Segundo Padilha, serão quatro frentes contra os profissionais. A primeira ação é uma representação junto com o Conselho Regional de Medicina, seguido de uma ação civil pública. Depois, a pasta deve entrar com uma ação criminal contra a venda de tratamentos falsos. Por último, a AGU já analisa uma notificação extrajudicial junto às plataformas digitais para retirar os conteúdos de venda de cursos e materiais com propagação de informação mentirosa.
Conforme o Estadão Verifica, médicos com mais de 1,6 milhão de seguidores nas redes sociais afirmam ter descoberto um estudo de intoxicação por vacinas de mRNA. Com essa informação, eles tentam vender que seria tratar a “spikeopatia” com um protocolo não comprovado cientificamente.
Os cursos divulgados pelos profissionais estariam sendo vendidos por até R$ 685, e uma consulta particular chega a R$ 3,2 mil.
"O Ministério da Saúde junto aos cuidados do Ministro @jorgemessiasagu acionaremos todas as medidas cabíveis para evitar que essas pessoas continuem colocando em risco a vida da nossa população e ainda ganhando dinheiro com isso", escreveu Padilha nas redes sociais ao afirmar que não será leniente com o negacionismo.


