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Ministério da Saúde vai suspender contrato da Covaxin para apurar supostas irregularidades

Decisão acontece em meio à polêmica envolvendo suposto superfaturamento na compra da vacina

Por Da Redação
Ás

Ministério da Saúde vai suspender contrato da Covaxin para apurar supostas irregularidades

Foto: Agência Brasil

O Ministério da Saúde vai suspender, ainda nesta terça (29), o contrato de compra da vacina Covaxin. A informação foi confirmada pelo ministro Marcelo Queiroga. 

Em coletiva, Queiroga disse que a decisão foi tomada por orientação da Controladoria Geral da União (CGU) para apurar as supostas irregularidades no contrato.

"Por orientação da Controladoria Geral da União e por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas. Por outro lado, o Ministério da Saúde vai fazer uma apuração administrativa para verificar todos os aspectos da temática que foi suscitada a partir do final da semana passada. Assim que tivermos dados mais concretos, nós vamos comunicar", informou o ministro.

O ministro da CGU, Wagner Rosário, informou que a medida é preventiva e fez questão de pontuar que o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) ainda não conseguiu explicar a denúncia.

"A gente suspendeu por uma medida simplesmente preventiva visto que existe denúncia de uma possível irregularidade que ainda não conseguiu ser bem explicada pelo deputado denunciante. Abrimos uma investigação preliminar semana passada, uma auditoria específica em relação ao contrato e o tempo de suspensão vai durar tão somente ao prazo da apuração", argumentou Rosário.

A decisão da pasta acontece em meio à recente divulgação de um suposto superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin, que no Brasil, é intermediada pela farmacêutica Precisa Medicamentos. 

O caso foi revelado pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que disse que o irmão, Luís Ricardo, que é servidor do Ministério da Saúde, estava sofrendo pressão por parte de superiores da pasta para liberar a vacina, mesmo com supostas irregularidades no contrato, incluindo um superfaturamento no preço dos imunizantes.

À Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o deputado também disse que informou as supostas irregularidades ao presidente Jair Bolsonaro em uma reunião no Palácio do Planalto. Segundo ele, Bolsonaro teria associado o nome do o deputado Ricardo Barros (PP-PR) ao caso e disse que iria enviar o caso para a Polícia Federal. No entanto, a ação do presidente só foi tomada quando o caso veio à tona.

Por causa da situação, senadores protocolaram uma notícia-crime contra o presidente por suposta prevaricação, quando um servidor público atrasa uma medida por interesse pessoal.

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