Ministério da Saúde volta atrás e recomenda reserva de 2° dose de imunizantes contra Covid-19
Decisão contraria a promessa feita pelo ministro Eduardo Pazuello

Foto: Agência Brasil
O Ministério da Saúde voltou atrás na noite da última terça-feira (23), e recomendou, em nota, que os municípios façam reserva de segunda dose de vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O documento elaborado pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e distribuído a gestores da área pelo país contraria a promessa feita pelo ministro Eduardo Pazuello de uma mudança na estratégia da vacinação contra o coronavírus. Na última sexta-feira (19), Pazuello disse, durante encontro com a Frente Nacional de Prefeitos, que não seria mais necessário reservar a segunda dose dos imunizantes e, assim que recebessem os imunizantes, os municípios deveriam usar todas as doses de uma só vez, como primeira aplicação.
No documento com as recomendações para a distribuição de doses da nova remessa das vacinas de Oxford e da Coronavac, o Ministério da Saúde voltou atrás e informou, com relação à vacina produzida no Instituto Butantan, que “ainda não há um fluxo de produção regular da vacina”. ”Tendo em vista o intervalo entre a D1 e D2 (2 à 4 semanas), e considerando que ainda não há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a D2 seja reservada para garantir que o esquema vacinal seja completado dentro desse período, evitando prejuízo nas ações de vacinação”, diz trecho do documento.