Ministério Público do RJ voltar a ouvir novas testemunhas do caso Marielle e reexamina celulares
O objetivo da ação é chegar ao mandante ou mandantes do duplo homicídio

Foto: Guilherme Cunha/Alerj
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) informou que voltou a recolher depoimentos e a reexaminar os celulares, a partir do uso de tecnologias mais modernas, que foram apreendidos durante as investigações para elucidar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que ocorreu em março de 2018.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo da ação “é chegar ao mandante ou mandantes do duplo homicídio, ainda investigado como crime político”. Investigações realizadas previamente identificaram o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz como executores do crime. Os acusados estão presos há quatro anos.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ), Bruno Gangoni, informou que os aparelhos serão investigados com tecnologia de recuperação de mensagens. Gangoni ainda retificou que a hipótese de crime político só será confirmada quando o mandante do crime for capturado.
“As provas dessa investigação são muito digitais; os softwares hoje têm capacidade tecnológica muito maior do que na época em que os aparelhos foram apreendidos. Todos estão sendo reavaliados na tentativa de conseguirmos encontrar novas mensagens", afirmou Gangoni.
O Ministério Público ainda informou que avalia também novas informações enviadas pelo Google e aguarda dados do Facebook. O intuito da ação é identificar quem acessou a página de Marielle para consultar sua agenda na semana do crime.