Ministro condena agressão da Rússia à Ucrânia e nega que Brasil tenha posição dúbia sobre o tema

Carlos França criticou sanções dos países ocidentais à Rússia e admitiu preocupação brasileira em relação a fertilizantes

[Ministro condena agressão da Rússia à Ucrânia e nega que Brasil tenha posição dúbia sobre o tema]

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Carlos França, ministro das Relações Exteriores, declarou, nessa quarta-feira (6), que é inadmissível a agressão da Rússia à Ucrânia. O ministro também aproveitou para negar a ideia de que o Brasil assume uma postura dúbia em relação ao conflito, alegando que o governo está ao lado da paz mundial. França ressaltou que o país defende o imediato “cessar-fogo” e a “proteção de civis e a garantia de acesso à assistência humanitária” às vítimas da guerra.

Quanto à decisão do governo brasileiro de se abster em uma resolução contra a Rússia, analisada pela Unesco no mês passado, Carlos França respondeu que foi tomada porque o governo crê que o único foro adequado para essas discussões é o Conselho de Ética da ONU. A resolução, proposta pelos países ocidentais, denuncia que "vários edifícios educacionais já foram destruídos ou danificados [na Ucrânia], como o edifício da Universidade Nacional Karazin, em Kharkiv".

França voltou a criticar as sanções econômicas que países ocidentais impuseram à Rússia com o intuito de pressionar o fim do conflito e disse que “estranha a seletividade das sanções”. O ministro discordou de embaixadores europeus que dizem que, se o Brasil adotasse a política das sanções, o mundo teria o fim mais rápido do conflito. Para Carlos França, as sanções atendem a um grupo restrito de países em detrimento da maioria, que depende dos insumos básicos da Rússia.

O ministro admitiu que a principal preocupação do Brasil é em relação ao fornecimento de fertilizantes. “São indispensáveis para a agricultura e para a segurança alimentar do mundo”, ressaltou.  A Rússia é um dos principais produtores de fertilizantes do mundo e cerca de 25% das importações brasileiras vem do país do leste europeu. Mês passado, a então ministra da agricultura Tereza Cristina solicitou ao conselho de segurança alimentar da ONU que fertilizantes não fossem incluídos em sanções à Rússia.


 


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