A oposição comemorou a aprovação no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (14) da convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para falar sobre o contingenciamento de 30% da verba das Universidades e Institutos Federais. Foram 307 votos favoráveis, 82 contra e uma abstenção. O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que o parlamento não aceitará o corte na área.

"O governo Bolsonaro está promovendo uma caça às bruxas contra as universidades e instituições de ensino do país. Essa reação da quase totalidade dos partidos da Câmara mostra que o Parlamento não ficará parado, assistindo o desmonte da educação pública superior", falou.

O placar foi garantido com apoio dos partidos do chamado "centrão", que têm travado uma disputa com Jair Bolsonaro em relação ao apoio a matérias do governo, em especial, a reforma da Previdência. Bolsonaro insiste no discurso de que não praticará o "toma lá, dá  cá", ou seja, que não dará cargos em troca de votos. Mas os partidos do centro mostram que têm força e continuam a pleitear indicações. Apenas os partidos PSL (de Bolsonaro) e Novo orientaram contra a convocação.

A presença do ministro já era prevista nesta quarta para uma audiência na Comissão de Educação, mas por convite. Nestes casos, ele pode mandar um representante. Já com a convocação é obrigado a comparecer sob a pena de cometer crime de responsabilidade.

Por causa da audiência, estudantes, professores e adeptos da causa convocaram uma manifestação na porta do Congresso Nacional nesta quarta.