Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A Lei 13.829, de 2019, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (14) e faz parte do Projeto de Lei da Câmara 185/2017, da deputada Luizianne Lins (PT-CE). O documento, também chamado de Livro de Aço, pode ser encontrado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Nos 120 anos da Guerra de Canudos em 2017, após sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) também encaminhou um documento ao governo do estado pedindo que a Estação do Aeroporto do Metrô de Salvador passasse a se chamar “Estação Antônio Conselheiro”. 
Ele afirma que Conselheiro era um líder religioso, que pregava a igualdade social e era contra a instituição do regime republicano. “Ele pregava uma revolução que combatesse as desigualdades socioeconômicas entre as pessoas e, por contestar o sistema, foi morto pelo Exército Brasileiro”, disse. 

O deputado estadual Pedro Tavares (DEM) considera que a inclusão de Conselheiro no Livro dos Heróis da Pátria é um reconhecimento a uma parte importante da nossa história e regionalismo, pois ele foi um personagem revolucionário que marcou a luta do povo de Canudos. ”Parabenizo a população de Canudos que terá mais uma vez essa parte de sua história valorizada, através de sua figura mais conhecida, em um documento nacional”, disse. 

Conselheiro morreu alguns dias antes do fim da Guerra de Canudos, no interior da Bahia. Ele era considerado como um líder social na comunidade de Canudos, o que incomodou os republicanos. O clássico da literatura Os Sertões, de Euclides da Cunha, de 1902, conta um pouco da sua história.