Ministro da Educação tira férias remuneradas depois de menos de quatro meses de atividade

Abraham Weintraub está usufruindo do período de férias conforme previsão legal, afirma MEC

[Ministro da Educação tira férias remuneradas depois de menos de quatro meses de atividade]

FOTO: Agência Brasil

O ministro da Educação Abraham Weintraub tirou uma semana de férias remuneradas, apesar de ter assumido o cargo dia 9 de abril deste ano. De todos os ministros do atual governo, ele é o único que não pediu afastamento sem salário (como fizeram Sergio Moro da Segurança Pública, Tereza Cristina da Agricultura e Marcelo Álvaro Antônio do Turismo). Pelo Twiter, Weintraub disse pretender passar alguns dias no Pará, com sua família. 

O desabafo virtual foi feito por conta de uma manifestação contra ele, durante um jantar na noite desta segunda (22), em que um grupo pediu para servir kafta (prato árabe) para Weintraub. Uma clara referência a uma fala dele no Senado Federal, quando queria, na verdade, citar o escritor Franz Kafka. No microfone, um jovem pede para que o ministro aprecie a oferta "com muito carinho". 

Ao que o próprio Weintraub responde: "Eu queria só mostrar a diferença entre a esquerda e quem não é de esquerda, estou com minha família aqui, três crianças pequenas, eu nunca roubei, não sou do PT, trabalhei a minha vida inteira com carteira de trabalho, nunca recebi bolsa, 27,5% de imposto, estou com a família nas férias e vocês vêm tentar me humilhar na frente dos meus filhos", provocou. Nas redes, ele escreveu "Nossos três filhos pequenos de férias, jantando comigo e minha esposa em uma praça. Advinhem...os mesmos que se dizem defender os direitos humanos nos cercaram...as crianças ainda estão chorando!". 

Mais adiante, um indígena reclama que não foi atendido pelo ministro em Brasília e, em um vídeo compartilhado nas redes do ministro, Weintraub aparece com sua filha no colo e reage: "Eu não sou menos brasileiro que você porque não estou com um cocar, seu safado", afirma ao deixar o local.

De acordo com o currículo acadêmico do ministro, ele é servidor público desde 2014, como professor da Universidade Federal de São Paulo. 

ATUALIZAÇÃO:

A assessoria do Ministério da Educação se manifestou sobre o assunto na noite de terça. De acordo com a nota, "o ministro da Educação, Abraham Weintraub, está usufruindo do período de férias conforme previsão legal".
 
Na qualidade de servidor público efetivo, ocupante do cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desde 2014, o ministro, ressalta o MEC, "como qualquer outro servidor público, faz juz ao direito de férias anuais correspondentes".
 
"Cabe esclarecer que ao assumir cargos comissionados no Governo Federal, o servidor mantém os vínculos com a administração pública. Dessa forma, na qualidade de Servidor Público Federal, o ministro da Educação goza de férias anuais de 30 dias, consecutivos ou não, em consonância com o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União", completou a nota.

"Finalmente, destacamos ainda que, diante da viagem programada para exercer período parcelado   férias, o ministro de Estado da Educação, ao invés de iniciá-la em uma segunda-feira, como em regra geral fazem os trabalhadores brasileiros. Ciente de que estaria ausente inclusive no final de semana que antecederia suas férias, optou por inicia-las num sábado, conforme publicação no Diário Oficial da União, Seção 2, pg1, de 21 de junho de 2019", finalizou. 


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