O ministro da Justiça, André Mendonça, pediu a abertura de mais um inquérito, com base na Lei de Segurança Nacional, para investigar as declarações críticas sobre o presidente Jair Bolsonaro, mencionados pelo advogado Marcelo Feller. A Polícia Federal já abriu uma investigação sobre o caso.  

As falas críticas ao presidente foram dadas por Feller quando integrava o quadro "O Grande Debate", da CNN, em julho do ano passado, onde o advogado disse que o discurso de Bolsonaro era responsável por pelo menos 10% das mortes por Covid-19 no país. 

Na época, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tinha acusado o Exército de se associar a um "genocídio". Feller comentou que "Não é o Exército que é genocida, é o próprio presidente, politicamente falando”.

O advogado Alberto Toron, que representa Feller, diz que a iniciativa “revela uma faceta opressiva contra a liberdade de expressão e crítica e, mais ainda, contra a liberdade de imprensa, pois Feller falava na condição de debatedor contratado da CNN”.

Toron afirma que vai impetrar um habeas corpus pedindo o trancamento da investigação.