Ministro do Meio Ambiente diz que é necessário ir à Europa ouvir soluções para a Amazônia
Ricardo Salles buscar dialogar e encontrar investidores externos

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, demonstrou-se disposto a dialogar com as empresas brasileiras e investidores externos para buscar soluções conjuntas para a questão ambiental. Salles admitiu falhas na comunicação e prometeu estreitar as relações com a iniciativa privada e países europeus para discutir soluções para a Amazônia.
"Acho que preciso melhorar realmente a comunicação e trazer as pessoas para participarem desse debate. O vice-presidente Hamilton Mourão convidou alguns embaixadores estrangeiros para irem à Amazônia quando passar a pandemia. Por outro lado, precisamos ir à Europa e outros países para dar informações e ouvir as críticas. Ou seja, encontrar um caminho comum de soluções completas para a Amazônia, destacou.
Em entrevista ao Estadão, Salles disse que o governo tem cinco pilares de estratégias e que o primeiro é sobre as atividades ilegais efetivadas na natureza, a exemplo de garimpo ilegal, madeira e grilagem de terra.
"O primeiro é comando e controle, que é muito necessário realmente. O segundo é uma discussão no Congresso, neste momento, sobre como fazer a regularização fundiária para você ter a responsabilização das pessoas de acordo com o Código Florestal. Depois, o pagamento pelos serviços ambientais. Ou seja, premiar quem tem boas práticas ambientais. Para isso, o governo lançou o projeto Floresta Mais, que é um projeto piloto de R$ 500 milhões que pode se expandir, inclusive com a ajuda dos investidores estrangeiros. O quarto pilar é o zoneamento econômico e biológico, que poderá trazer um planejamento territorial para a Amazônia. E, por fim, trazer investimento privado para colocar de pé a agenda da bioeconomia", explicou.