MME avalia taxar a gasolina para evitar variações de preço
Para especialistas, é um sinal de que Cide pode aumentar

Foto: Reprodução / G1
Ontem (9), o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou nota afirmando que “acompanha, com atenção, o preço do petróleo” e que “estuda instrumentos adequados que permitam uma menor variação nos preços dos combustíveis”. A nota do MME também destacou que o país passou por outros choques nos preços de petróleo e os superou sem sobressaltos na economia. “O governo vem se preparando para ter instrumentos adequados que permitam uma menor variação nos preços de combustíveis sem interferência na liberdade de mercado, respeitando a livre negociação entre os agentes econômicos”, diz a nota.
O Ministério explicou que estuda “mecanismos como forma de não submeter a economia, bem como a população, à volatilidade excessiva ou abrupta de preços, seja para mais ou para menos”. Nos Estados Unidos, o ministro Bento Albuquerque, precisou explicar a posição do MME. “A Cide é um dos componentes que poderão ser utilizados, mas isso tudo é um exercício, e não tem nada a ver com nenhuma ação”, disse o ministro.
Albuquerque recordou que, em janeiro, comentou com o presidente Jair Bolsonaro que a pasta faria estudos sobre formas de evitar a volatilidade. “Estamos conversando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e vamos apresentar (os estudos) para ele. O presidente está muito tranquilo e colocou claramente que não vai haver interferência no preço”, ressaltou. Albuquerque destacou ainda que a Petrobras tem “total liberdade e vai continuar conduzindo sua política de preços”. “O país está tranquilo. Vamos adotar instrumentos voltados para o interesse público. No momento, não há nenhuma medida emergencial”, concluiu.