Monique Medeiros queria ter um filho com Jairinho dez dias após a morte de Henry, afirma assessora
A revelação foi feita durante audiência de instrução e julgamento da ação, na qual o ex-casal é acusado de tortura e homicídio do menino

Foto: Reprodução
Dez dias após a morte de Henry Medeiros, de 4 anos, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, sua mãe, quis ter um filho com o então namorado, Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho. O menino morreu em 8 de março deste ano. A revelação foi feita nesta terça-feira (14) pela assessora Cristiane Isidoro, que trabalha para Jairinho e seu pai, o deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo.
Durante a audiência de instrução e julgamento da ação, na qual o ex-casal é acusado de tortura e homicídio do menino, Cristiane foi uma das dez testemunhas de defesa. O processo corre no II Tribunal do Júri da capital. Ainda nesta quarta (15), outras dez testemunhas da defesa de Monique devem ser ouvidas.
A conversa entre Monique e Jairinho aconteceu em 18 de março, um dia após os dois prestarem depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca). Quando o diálogo ocorreu, o casal estava no carro, a caminho de uma entrevista para uma rede de TV, realizada na casa do então advogado da dupla.
"Estávamos no carro, indo para a casa do advogado (André França Barreto), no Leblon, quando ela, carinhosamente, passa a mão no braço dele e verbaliza: “Amor, você vai reverter a vasectomia e vamos nos casar”. O Jairinho, então, responde: “Vamos, sim, amor”. E, depois, ela ainda diz: “E vai ser no papel”, relatou Cristiane.
O deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, pai de Jairinho, também prestou depoimento. Segundo ele, o filho não seria capaz de agredir os filhos ou outras crianças.
"Meu Deus, será que eu moro com um psicopata há 40 anos e não sei? Foi o que pensei. Mas sou estudioso, li nove livros de psicopatia, li livros de serial killer e percebi que a psicopatia não se encaixava no Jairinho", afirmou o deputado, que não tem formação médica.
Como mostram as investigações, Henry morreu como consequência de agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Um laudo revela 23 lesões por "ação violenta" no dia da morte do menino.