Monitores de ressocialização acusados de levar celulares e drogas para presídio são presos durante "Operação La Rochelle"
Operação cumpre mandatos no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, Presídio Federal de Mossoró (RN) e em endereços residenciais

Foto: Divulgação/MP-BA
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) realizou uma operação para reprimir a entrada de drogas e aparelhos celulares em estabelecimento prisional por meio da ação de monitores de ressocialização, na manhã desta quinta-feira (1).
De acordo com o órgão, a “Operação La Rochelle” cumpre dez mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, Presídio Federal de Mossoró (RN) e em endereços residenciais de monitores de ressocialização.
A ação é realizada pelos grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), Operacional de Segurança Pública (Geosp), Unidade de Monitoramento da Pena e da Medida de Segurança (Umep) e 6° Promotoria de Justiça de Lauro de Freitas, em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que atua por meio da Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional e Inteligência Penitenciária.
Os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Capital após decisão do juiz Vicente Santana em desfavor de internos custodiados em estabelecimentos penais baianos e na Penitenciária Federal de Mossoró, onde permanece preso um dos líderes da organização criminosa.
As investigações foram iniciadas com a apreensão de aparelho celular após revista geral nas dependências da unidade prisional de Lauro de Freitas, em cela de convívio ligado à liderança de facção criminosa.
O Ministério afirmou que o conteúdo extraído do celular apontou que o aparelho era usado coletivamente pelos internos investigados para práticas ilícitas de negociações de compra e venda de drogas e articulação para introduzir drogas e celulares no estabelecimento prisional, por meio da corrupção dos monitores de ressocialização.
De acordo com as investigações, o objetivo da facção com as ações ilícitas era facilitar a comunicação de lideranças da organização criminosa com seus comandados e aumentar os ganhos financeiros por meio de um “rentável” comércio de drogas no interior e fora dos estabelecimentos penais.
Os cinco monitores de ressocialização vão responder por crimes de tráfico de drogas e introdução de aparelhos celulares em unidades prisionais, enquanto os detentos também vão responder pelo crime de pertencimento à organização criminosa.


