Moraes mantém prisão de 140 pessoas envolvidas no atentado aos Três Poderes
Na ação, ministro apontou "conduta gravíssima"

Foto: Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, decidiu manter a prisão de 140 pessoas envolvidas nos atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. O ministro, no entanto, deu aval para que outras 60 pessoas que atuaram no atentado fossem liberadas.
Esses 60 foram liberados mediante aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. No caso dos 140 mantidos detidos, Moraes converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e "a efetividade das investigações".
De acordo com Moraes, há evidências de que os 140 presos cometeram os seguintes crimes: atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, e incitação ao crime.
Condutas 'gravíssimas'
Moraes considerou que as condutas ilícitas são "gravíssimas" e tiveram como objetivo "coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos". Segundo o ministro, os envolvidos no atentado afrontaram a manutenção do estado democrático de direito, em "evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão".
Em relação à manutenção das prisões, o ministro considerou haver provas da participação "efetiva" dos investigados em uma organização criminosa com o intuito de desestabilizar as instituições republicanas.


