Moraes mantém prisão de Braga Netto e aponta risco de fuga
General foi condenado a 26 anos de prisão no âmbito da ação que investiga a tentativa de golpe em 2022
Foto: Isac Nóbrega/PR
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu, nesta segunda-feira (03), manter a prisão do general Walter Braga Netto, no âmbito da ação penal da trama golpista. Na decisão, o magistrado cita risco de fuga.
Preso desde dezembro de 2024, Braga Netto e os outros réus do núcleo 1 foram condenados pela Primeira Turma do STF pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O general recebeu a pena de 26 anos de prisão.
Na decisão desta segunda-feira, Moraes ressaltou a existência de provas da autoria de Braga Netto no plano de golpe.
"Além disso, o término do julgamento do mérito da presente Ação Penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal", justificou.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que o general tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desde a sua prisão, a defesa do general fez ao menos quatro pedidos para reverter a prisão preventiva. No entanto, Moraes negou todas as solicitações.
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