O ex-juiz e pré-candidato à presidência, Sérgio Moro (Podemos) convidou, nesta sexta-feira (14), o ex-presidente e adversário, Luís Inácio Lula da Silva (PT) para debater "a qualquer hora sobre o mensalão e petrolão". 

Em publicação, o ex-juiz da Lava Jato havia sido provocado por integrantes do grupo de advogados Prerrogativa para debater a reforma do Judiciário. 

"Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar. Mas debato com o chefe de vocês, o Lula, a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão.", afirmou Moro.

Vejo que o clube dos advogados pela impunidade quer debater. Desculpem, mas este é um clube do qual não quero participar. Mas debato com o chefe de vocês, o Lula, a qualquer hora, sobre o mensalão e o petrolão.

— Sergio Moro (@SF_Moro) January 14, 2022

O desentendimento entre Moro e o Prerrogativas, cresceu após o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, afirmar que o plano do ex-juiz de fazer mudanças no Judiciário causa “espanto”. 

Em dezembro de 2021, o grupo de advogados organizou um jantar com o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir uma possível chapa para as eleições de 2022.

Após lançar pré-candidatura pelo Podemos, Moro já se desentendeu com o também pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT) e afirmou que não participaria de debates com ele sem que o adversário mudasse a “postura ofensiva e agressiva”. Em resposta, Ciro afirmou que “ele não quer debater comigo porque eu vou dizer que ele é um corrupto”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou apenas de dois debates nas eleições de 2018, afirmou a apoiadores que Moro “não aguenta 10 segundos de debate”. Em resposta, o ex-juiz afirmou que o chefe do Executivo fica “desviando o foco das pessoas” com ofensas por medo de não se reeleger.