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Moro nega "conluio" com Lava Jato e desafia The Intercept a publicar tudo

Conversas reveladas pelo site The Intercept não comprometem provas e acusações, disse ministro

Por Da Redação
Moro nega "conluio" com Lava Jato e desafia The Intercept a publicar tudo
Foto: Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, declarou, em entrevista ao jornal O estado de S. Paulo, que não houve “conluio” com a Lava Jato nas trocas de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol. Ele afirmou também que não vai se afastar do cargo.  

Para o ministro, o repasse de informações do juiz ao Ministério Público é legal. "Isso está previsto expressamente no Código de Processo Penal, artigo 40, e também no artigo 7 da Lei de Ação Civil Pública diz que 'quando o juiz tiver conhecimento de fatos que podem constituir crime ou improbidade administrativa ele comunica o Ministério Público'. Basicamente é isso, eu recebi e repassei. Porque eu não posso fazer essa investigação", pontuou. "As pessoas ouviam histórias verdadeiras, plausíveis e, às vezes, histórias fantasiosas. E, muitas vezes, em vez de levar ao Ministério Público, levavam a mim. O que a gente fazia? A gente mandava para o Ministério Público. Mandava normalmente pelos meios formais, mas, às vezes, existia uma situação da dinâmica ali do dia, naquela correria, e enviava por mensagem", acrescentou. "Sei que tem outros países que têm práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores", declarou. 

Segundo uma publicação feita no último domingo, 9, pelo site The Intercept Brasil, Moro sugeriu ações relacionadas às operações policiais da Lava Jato. "Uma vez deferida uma diligência, 50 buscas e apreensões e 50 prisões de pessoas, existem questões de logística que vão ser discutidas com a polícia e com o Ministério Público. Precisamos saber exatamente quando vai acontecer, em que momento vai acontecer e tem que ter um planejamento", disse o ex-juiz na entrevista. 

O ministro garante que foi vítima de um ataque criminoso de hackers e duvida da autenticidade das mensagens. "Não excluo a possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação", disse. "Até onde sei, não conseguiram pegar o conteúdo do meu Telegram. Poderiam ter pego, não tem problema nenhum quanto a isso. Mas não conseguiram, porque não estou no Telegram. Não tenho essas mensagens", afirmou. "Eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã aparece outra adulterada", acrescentou. "Nós estamos falando aqui de um crime em andamento. De pessoas que não pararam de invadir aparelhos de autoridades ou mesmo de pessoas comuns e agora têm uma forma de colocar isso a público, podem enviar o que interessa e o que não interessa. E também esse veículo (The Intercept Brasil) não tem nenhuma transparência com relação a esse conteúdo. Então vai continuar trabalhando com esses hackers?" revelou. 

Ainda de acordo com o ministro, a condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que foi acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras, não será afetada. "Foi um caso decidido com absoluta imparcialidade com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento, aconselhamento ou coisa que o valha", afirmou. 

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