Mourão afirma na COP-26 que pecuária terá que se adaptar para cumprir acordo de redução de metano
Metano é um poderoso gás-estufa, muito mais nocivo do que o CO2

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/29-10-2021
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP-26, em Glasgow, nesta quarta-feira (3), que a pecuária brasileira terá que se adaptar para que o país possa cumprir o compromisso, assumido com outros 102 países, de reduzir em 30% a emissão do gás metano até 2030.
Os principais ministérios que lidam com a questão climática eram contrários ao acordo, mas o governo cedeu à pressão dos Estados Unidos.
Em setembro, uma reunião com representantes dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores, Energia e Ciência e Tecnologia foi feita para avaliar se o país deveria juntar-se ou não ao Compromisso Global do Metano. Todos se manifestaram contrários. Os EUA, contudo, pressionaram fortemente o Brasil via Departamento de Estado.
O metano é um poderoso gás-estufa, muito mais nocivo do que o CO2. Em 2020, o Brasil emitiu 20,2 milhões de toneladas de metano, sendo 72% da agropecuária, 16% de resíduos e 9% de mudança de uso da terra. O Brasil emite 14,5 milhões de toneladas de metano na agropecuária. Deste volume, 97% vêm de fermentação entérica, ou seja, o arroto do boi, e manejo de dejetos de animais.